Com tantos avanços, tornou-se bem mais fácil, prático e pouco dolorido remover uma arte permanente do corpo. Para esclarecer as principais dúvidas sobre a técnica, conversamos com a dermatologista Letícia Bortolini. Confira!
Alto Astral: Como funciona o processo de remoção da tatuagem?
Letícia Bortolini: Através do laser Pico Ultra 300, uma tecnologia ultrarrápida, a cor, seja qual for, é fragmentada em pedaços muito pequenos, facilitando sua eliminação. O alvo do laser é apenas o pigmento, então o procedimento é mais suave e não tem tempo de recuperação, ou seja, o paciente pode voltar imediatamente às atividades normais. Até mesmo tatuagens pré-tratadas e de difícil remoção podem ser eliminadas.
AA: Como são as sessões?
LB: Cada sessão dura entre 10 e 20 minutos, dependendo da superfície a ser tratada e do tamanho da tatuagem. Desde a primeira já é possível notar algum resultado. Mas as tatuagens mais coloridas e maiores precisarão de mais sessões para garantir uma eliminação adequada. Geralmente, são feitas entre 6 e 10 consultas com intervalos mensais, porém, vale lembrar que cada caso apresentará um grau de dificuldade diferente, estipulando um prazo individual.
AA: O procedimento causa dor?
LB: Sim. Assim como para fazer a tatuagem, a técnica é dolorida, mas aplicamos anestesia injetável, a qual melhora o conforto do paciente.
AA: A remoção deixará alguma cicatriz?
LB: Não. É muito incomum que o paciente fique com uma cicatriz na região, a menos que ela já existisse antes da tatuagem. Nesses casos, entretanto, após o procedimento, aplicamos uma espessa camada de pomada cicatrizante na área tratada e o paciente deve seguir algumas recomendações, como: evitar saunas, piscina e banheiras; após 48 horas, a área pode ser molhada, mas não deve ser esfregada, sempre usando sabonete neutro. A preocupação mais importante é não expor a área ao sol e, após a cicatrização, usar sempre protetor solar na região para não manchar.
Lembre-se que é fundamental conversar com um médico dermatologista antes de realizar qualquer intervenção para receber orientações corretas e evitar prejuízos à saúde!
Fonte: Letícia Bortolini, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).